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Psicóloga Junguiana e Psicopedagoga, especializada na análise da assinatura.

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Sem Limites Os fãs não medem esforços e vivem em busca do sonho de chegar perto do seu ídolo


O amor pelo ídolo pode levar as pessoas a fazerem verdadeiras loucuras. Para os admiradores, nada se compara à emoção, que fica pra sempre, de chegar perto ou tirar uma simples foto com seus ídolos. Se for preciso, passam fome, ficam horas em filas, mentem para seus pais, viajam para outras cidades e fingem passar mal para ficar em áreas privilegiadas e curtir um show de perto.
As histórias de loucuras cometidas por fãs são inúmeras. Ana Paula Pereira da Silva, 20 anos, fã da cantora Cláudia Leitte há sete anos, ficou das 6h às 20h na porta do Hotel Dorisol em Recife para vê-la. Sem comer o dia inteiro, Ana Paula pediu o resto da comida de Cláudia ao segurança. "Eu comi exatamente o resto do frango dela e quando ela desceu, eu contei e ela me colocou o apelido de Franga", diz Ana Paula. A jovem se mudou de Recife para Salvador por causa da cantora.
Felipe Rodrigues, 18 anos, também fã de Cláudia Leitte, conta que tenta ser diferente dos outros fãs. Mesmo pensando na reação brava de sua mãe, ele tatuou no pé o nome "Cláudia Leitte". "Acho que essa foi a maior prova de amor que eu já pude demonstrar por ela", diz o jovem. Felipe acredita que depois da tatuagem as pessoas começaram a se aproximar mais dele.
"Ser fã é uma profissão. É um estado de espírito, um tipo de comunidade. Acho que um antropólogo ia adorar estudar o comportamento deles. Não são pessoas comuns. São mais sensíveis, carentes de atenção e carinhosas", relata a assessora. No entanto, Bruna diz não gostar de fanatismo. "Uma loucura de vez em quando é até engraçado e chama a atenção do artista. Mas sempre fica chato e preocupa", conclui.
Para a psicóloga Roberta Chuahy, essa devoção procede de uma fuga, para que o indivíduo não entre em contato com suas feridas. "A fixação por um ídolo pode ser uma substituição da imagem de um integrante familiar. O jovem não conseguiu estabelecer um vínculo afetivo e, conseqüentemente, encontra um ídolo que acaba suprindo a sua carência afetiva", diz a psicóloga. Desse modo, age inconscientemente de maneira obsessiva. "Tudo que é exagero não é considerado saudável, por isto é importante o acompanhamento psicológico", alerta Roberta.

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