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Psicóloga Junguiana e Psicopedagoga, especializada na análise da assinatura.

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BORDERLINE

Escolhi este tema para compartilhar com vocês sobre a sensação de abandono e o medo de perder os próprios contornos que os pacientes com distúrbio fronteiriço da personalidade - borderlaine sentem.

O guia das doenças psiquiátricas da Associação Americana de Psiquiatria, caracteriza a doença com uma lista de nove sintomas: sensação constante de vazio; acesso injustificáveis de raiva; alternância constante e extrema de humor; relações interpessoais intensas e instáveis; comportamento impulsivo; idéias freqüentes de suicídio ou automutilação intencional; episódios de paranoia; autoimagem instável; e esforços desmedidos para evitar um abandono verdadeiro ou imaginado.

O termo borderline para diagnosticar o paciente que sofre desse transtorno psiquiátrico, foi usado pela primeira vez no fim da década de 30, pelo médico e psicanalista americano Adolph Stern (1878-1958). Acreditava-se, na ocasião, que seus pacientes estavam na "fronteira" entre neurose e psicose.

A definição do problema como um distúrbio de personalidade caracterizado por extrema instabilidade emocional e impulsividade foi consolidada entre as décadas de 60 e 70, por Otto Kernberg, psicanalista austríaco, e John Gunderson, psiquiatra americano.

De acordo com um levantamento feito em 2008 pelo Instituto Nacional de abuso de álcool e Alcoolismo, dos Estados Unidos, 42% dos fronteiriços são dependentes de álcool e 30% abusam das drogas.

Devido ao fato de ser um transtorno de personalidade, um paciente leva , em média, de cinco a dez anos para ser diagnosticado como fronteiriço. O diagnóstico só costuma ser fechado a partir dos 18 anos, quando a personalidade da pessoa já está razoavelmente definida.

Hoje a doença tem tratamento, o que eles precisam é de um tratamento mais afetivo. É indicado acompanhamento médico e psicológico. A medicação é essencial para diminuir os riscos de suicídio e automutilação.

Para família é indicado terapia familiar, pois os pais costumam sentir-se culpados e impotentes. Cabe ao terapeuta desfazer a idéia de que eles são inteiramente responsáveis pela doença do filho e trabalhar as relações familiares.


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